Qual a diferença entre as fotografias documentais, intimistas e artísticas?
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Na fotografia ou no cinema, somos conduzidos a abrir os olhos para a vida ou simplesmente fechar e descansar dela, existe uma evidente dualidade que é destacada quando nos colocamos na posição de pensar, mas principalmente quando saímos da nossa zona de conforto e entendemos o quão real tudo é. Através da fotografia, somos conduzidos a sentir o tamanho da guerra interna de cada um, e de como isso pode transbordar. Nós, da Casa de Palha, trabalhamos com os víeis fotográficos: documentais, intimistas, artísticas e levemente antropológica. Podendo ser de forma individual ou todos os tipos no mesmo ensaio, irá depender de como é o estilo de cada persona que vamos registrar. Os tipos de fotografias podem ser considerados como os tipos de política. Existe direita, existe esquerda e centro, mas está tão confuso que já está tudo misturado, mas vou explicar o que cada segmento entrega:
A fotografia documental é um dos gêneros que trabalha de forma mais realista com as pessoas e lugares. Ela parte de registros culturais ou artísticos, de momentos e histórias vividas. Como um livro, a fotografia documental se apega a um aliado importante nessa jornada, a escuta e o silêncio, pois é possível pelos dois absorver e entender os momentos a serem clicados pela câmera. Em registros como esse, requer muito estudo cultural e paciência, já que o fotógrafo não deve interferir em nada do ambiente e/ou da pessoa, apenas registrar o momento que considerar como certo, atual para aquela história.
A fotografia artística é um grito para a liberdade de criar, a partir de cada história. Nós, da Casa de Palha, gostamos muito de movimento, luz e sombra, então essa liberdade é criada a partir do momento que quem é registrado entende como criamos e caminhe junto da gente, precisa existir esse entendimento e parceria, se não, um dos lados sempre irá sair descontente com o resultado. Além de entender as formas de trabalho e resultado, elementos sempre podem agregar, como detalhes da natureza ou coisas simples da nossa roupa, até mesmo coisas inusitadas, como brilhos, por exemplo.
A fotografia antropológica ou antropologia visual, utiliza do texto como ferramenta de construção, assim como na documental, mas a diferença é que é utilizada também como resultado. Às vezes, o texto pode contar muito mais do que a própria fotografia, pois a criação do mesmo parte de um trabalho empático vindo da pessoa registrada, mas normalmente texto e resultado fotográfico andam juntos. Um exemplo de ensaio assim, é o ensaio da Ana, que você pode acompanhar aqui, onde o texto que ela mesma escreveu, serviu como construção dos registros, mas também como recurso de publicação final e pessoal.
As fotografias mais intimistas, naturalmente retratam histórias que mudam de forma rotineira e que só a gente tem acompanhamento. Um exemplo, é o nosso corpo, por isso quando falamos intimistas, normalmente é mais voltada para fotografia nu. Nosso corpo muda todos os dias, e quais lembranças quer ter disso?
Nós somos a Casa de Palha, apaixonadas pela travessia.
Estamos presentes em todos os estados do Brasil, mas principalmente nas cidades de Florianópolis, Chapecó e São Paulo.
Se você sonhou com um ensaio ou está quase desistindo de fazer fotos porque não se identifica com nada, saiba de uma coisa: estamos aqui para registrar de um jeito leve e natural.
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